quarta-feira, 24 de maio de 2023

aprendizados de uma relação a sós


Independente do que você esteja passando, se está preocupado com falta de dinheiro, se está se adaptando à nova cidade, se está com saudades da ex, seja lá que p* vc esteja passando, nada é motivo para desconsiderar os sentimentos de uma pessoa que só te deu amor. 
Consideração e respeito não se pede. Realmente eu errei muito nesse sentido. Pedi o mínimo. E vc ainda achou ruim. Via como cobrança. Realmente para quem não quer dar o mínimo é pedir muito mesmo. Só que ter respeito e consideração por alguém que está do teu lado só querendo o teu bem e torcendo por vc, só diz sobre o teu próprio caráter.
E sim, tem muita gente que convive um bom tempo ao lado de pessoas que não dão o mínimo (carinho, respeito, consideração, lealdade). Convivem ao lado de pessoas que não querem fazer nenhum esforço para cultivar uma relação saudável, bonita e forte. Só pensam em si mesmas, individualistas. E não, eu não estou falando aqui sobre autoamor, sobre se valorizar e se colocar em primeiro lugar (isso é essencial para todas as pessoas). Não confunda individualismo com amor próprio (coisa que até isso eu perdi nessa relação).
Não confunda uma pessoa que caga para a relação e para a pessoa que está ali do teu lado, com uma pessoa que se prioriza. Quando a gente se prioriza e se ama de verdade, a gente aprende a tbm dar amor para as pessoas e a valorizar o que tem valor: as relações, a gratidão por quem escolheu estar no corre ali do teu lado. E não deixá-las pedindo o mínimo: carinho. 

Eu fiquei fazendo pelos dois, lutando e tentando fazer dar certo pelos dois, estava exausta. E onde tem uma pessoa sobrecarregada, há sempre uma que está bem de boas, folgando ao lado. 

Eu não preciso estar ao lado de quem não faz questão de estar comigo e nem me valoriza. Fica entediado quando está ao meu lado, reclama do tempo que vai demorar quando estou fazendo uma lasanha de aniversário pra ele. Reclama quando peço ajuda. Não cumpre com sua palavra. Que eu precise pedir mais toque, mais sexo. Não faz questão nem de me convidar para ir ver jogar, mesmo sabendo que eu queria. Não fala de seus sentimentos por mim, quando viaja, some, nunca nem quis uma relação séria e de compromisso comigo. 

Se eu não estava ganhando carinho, consideração, respeito, elogios, incentivo nos meus projetos, então eu estava perdendo. E muito: minha sanidade mental. 

Ansiedades, inseguranças, tristeza, baixa autoestima, fiquei usando toda minha energia que eu tinha para cuidar de mim, para ficar tentando concertar uma relação em que eu estava sozinha. Desde o início.

Eu que comecei a flertar com você desde o início quando te vi, eu que te beijei, eu que sustentei essa relação, sempre indo atrás de você para tentar mais uma vez, eu que lutei por você e eu que também desisti de você. As iniciativas todas foram minhas. E você sempre no "tanto faz" (não faço questão).
Passei por cima de muitos limites meus. Passei por cima de valores meus, do meu amor por mim mesma. Errei. Sim errei e muito em deixar isso acontecer. Em te querer tanto e ter dado tudo de mim para essa relação que você nunca quis.


A real é que eu fiz um favor para você. Porque nem coragem de terminar você teve.
Mas tbm fiz um grande favor para mim: me livrar desse lixo todo e de tudo que não me serve e nem nunca serviu.



domingo, 4 de dezembro de 2022

Estava aqui pensando o quanto antes eu sentia vontade de me aparecer e chamar atenção. Naquela época eu acreditava que eu precisava ser a mais inteligente, a mais bonita, a mais talentosa e quando isso não acontecia (porque realmente não tem como ser perfeita em tudo o tempo inteiro), minha auto estima ia lá embaixo e eu me sentia muito insegura.
Hoje eu vejo o quanto isso não me apetece mais. Eu não tô mais nem aí pra isso. Mas quero contextualizar esse "não tô nem aí". 

Eu já fui de achar que eu tinha que ficar falando sobre determinado assunto de forma perfeita (talvez científica, com dados, nomes e sobrenomes) para que as pessoas pudessem ouvir o que eu tinha a dizer e me acharem incrível. Eu já pintei, cantei, dancei e toquei por vaidade, para mostrar que eu sabia aquela música ou que eu era legal. É claro que estou falando de momentos específicos. É claro que também já fiz muita arte com muita sinceridade e propósitos menos fútil. Mas, continuando...

Hoje o que eu vejo em mim é que ultimamente eu tenho apreciado e admirado pessoas (mulheres em especial) que sabem sobre determinados assuntos, são bonitas, atraentes, talentosas, mas que estão ali na delas, sorrindo, sendo receptivas e atenciosas com as pessoas, sem tentarem mostrar nada, sem tentarem chamar atenção de forma forçada ou tentarem provar algo. Elas só estão ali, de boas, seguras de si, "cagando" para a perfeição, porque elas já são!!! (aos meus olhos). Eu tenho admirado muito isso e na minha cabeça quando eu me deparava com essas pessoas eu pensava perturbada: "como assim? como é possível uma pessoa ter tantos talentos e não se importar em querer chamar atenção para si e mostrá-los (para atrair aquele carinha, por exemplo)?" Entenda, que eu não estou aqui falando que as pessoas que gostam de mostrar seus talentos são forçadas ou menos interessantes. Estou falando algo específico que acontecia comigo.

Eu entendo que naquela época em que eu buscava aprovação e reconhecimento, o que me atraía também eram essas pessoas. A pessoa que mais chamava atenção pra si (de forma narcisista) me atraía. Mas entendo que era porque eu buscava ser aquilo. E aqui me cabe aquele pensamento de que "a gente atrai quem a gente é". E agora eu estou na busca de ser aquela pessoa que está ali de boa, que sabe de seus talentos e de tudo que passou, das suas experiências, trocas, aprendizados, defeitos e que está tudo bem. Não tem mais porquê eu provar algo pra ninguém. Tudo que eu fiz até hoje, já está dentro de mim, tudo que eu vivi até agora me fez ser quem eu sou, me agregou valores, amores, saudades e tenho certeza que hoje eu sou uma pessoa melhor do que já fui. E claro, que estou aqui dizendo isso, mas daqui 10 anos eu vou ler esse texto pensar "eu ainda nem fazia ideia do que eu iria viver pela frente kkk".

O que me atrai hoje são pessoas que não tiveram medo de tentar, de ter experiências na vida, de arriscar, de errar, chorar, amar com todo o coração aberto e honesto. E que mesmo assim elas estão ali, ouvindo atentamente o outro, tentando ser melhor. Hoje prezo muito mais a humildade e o afeto.


sexta-feira, 13 de maio de 2022

 será mesmo q todos esses constantes esforços de impressionar parceiros sexuais não passam de algo instintivo/animal para reproduzir?

 Dentro da arte, Schopenhauer valoriza a música como o maior condutor da vontade própria e individualizada, largando-se de dores e de pudores para encher a vida de cores e de amores.

sábado, 7 de maio de 2022

 eu achei que já tivesse superado

o que que tá acontecendo comigo? to envelhecendo e ficando fraca, vulnerável demais, apegada, chorona, sentimental e pensando no passado. Eu nunca fui assim, sempre me orgulhei de conseguir seguir em frente, ser segura nas minhas decisões e não olhar pra trás. Mas ultimamente... eu tô muito diferente e não sei se isso é bom ou ruim.

Sinto sua falta todos os dias. Eu achei que essa fase já tivesse acabado e não sei se ela votou ou se é uma outra fase. Quem sabe seja a fase final né? espero que sim porque eu já não sei mais o que fazer. Na terapia tudo parece encaminhado e claro. Esses dias eu tava achando que eu tava bem. Mas olha eu aqui de novo chorando, mandando mensagem pra você, eu me sinto envergonhada por isso. Parece que eu tô vivendo um mundo de fantasia, como se vc ainda estivesse aqui do meu lado, ouvindo aquelas músicas e assistindo aqueles filmes que vc me apresentava. As vezes quase posso te ver com meu violão cantando com aquela sua voz suave fazendo tons agudos. Ou te sentir deitado comigo na sua cama e a gente se olhando nos olhos, quietinhos, sem falar nada. Era um dos meus momentos preferidos.

O quanto ainda eu preciso chorar pra que tudo isso passe? 

Me arrependo por alguns momentos da minha decisão de término... fui totalmente racional, mas eu sei que as vezes isso me ajuda muito nas minhas tomadas de decisões. O meu racional é como se estivesse ali me mostrando o que eu devo ou não fazer. Mas o meu emocional tá em outro ritmo, é lento, paciente. Mas eu não quis ouvi-lo, porque eu realmente achei que seria fácil. Mas estou aqui, mas uma vez chorando em frente do computador e escrevendo um monte de coisas aleatórias só pra descarregar mesmo.

Que porra de superação de término mais difícil do caralho!

quinta-feira, 5 de maio de 2022

Tem sido bem difícil encontrar pessoas interessadas, dispostas, que te queiram na sua vida, pessoas que eu ache que valem a pena também... Mas por esses dias ela apareceu por aqui, na verdade reapareceu pq ela já existia... nos desencontramos um tempo atrás... E dessa vez eu não quis perder novamente essa oportunidade.

Nos relacionamos, criamos um início de um vínculo, uma semente com uma certa esperança de um futuro que dê certo... talvez essa esperança tenha crescido mais dentro da minha cabeça. Em vários momentos eu nem acreditava que dessa vez o Universo iria me presentear, mesmo sabendo que sou merecedora, me portei assim, me convenci de que era o meu momento, com otimismo e alegria. Até que novamente essa realidade foi toda por água abaixo... 

Nem eu sabia quanta expectativa eu estava criando até esse momento em que eu choro sem conseguir parar. Nem eu me reconheço.


Não quero parcelas, gotas de esperanças e afetos... prefiro não ter nada do que isso. Não criamos um grande vínculo em que planejássemos nossa vida um com o outro, então... cada um mais uma vez segue seu caminho, longe fisicamente. E eu espero que longe emocionalmente também porque mais uma vez eu estou aqui ainda "ligada" a algo que não tem futuro. 

E espero acreditar que você nem era também tudo isso, a pessoa certa, a pessoa que viveria ao meu lado e que construiríamos algo lindo, como eu já cheguei a imaginar... Mais uma vez eu não tenho escolha a não ser acreditar no Universo e na Vida, porque sei que eles são muito maiores do que nós.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Bed Peace

                                        

Eu te quis desde a primeira vez que te vi, eu te quis de todas as formas, de todos os jeitos, do jeito que dava. 
Eu estava tão disposta. Tava tão na sua. Paixão de Lua Cheia. Intensa. Transbordante. Ofuscante.

Eu nem sei se vc merecia essa minha doação toda. 
E eu sabia que me machucaria, mas não consegui parar, não quis me controlar. Só quis viver. Sentir.

E eu também sabia que não era recíproco toda essa abertura. 
Poxa, eu tbm tenho traumas e medos. Mas me recuso a desistir assim tão cedo. 
Pra quê segurar sentimentos? Por que demonstrar com limitações? 
O coração precisa ficar livre, ele não pode viver preso, ele é um pássaro e se deixar ele toma conta do corpo inteiro. 
E eu deixei. E o meu corpo inteiro doía.
Vc não sentiu o mesmo.

Eu não quis desistir de nós,
Mas desisti porque o nós que eu vivia nunca existiu.
Eu estava sozinha nesse mar todo, nesse mergulho imprudente.

Eu sinto sua falta. Eu sei que vai passar. 


quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Tudo bem... já entendi que você desistiu de mim... Desistiu tão rápido. O momento de desistir foi o momento em que você percebeu que sentia alguma coisa por mim... contraditório... mas acontece. É uma escolha. Escolhemos deixar o sentimento vir à tona, se entregar a ele e deixar expor. Ou congelamos ele. Sem nem entender direito o que é, nem pra que serve... só reprimimos... E você fez as duas escolhas. Primeiro demonstrou, falou e em menos de um minuto se arrependeu... e jogou fora... desistiu antes mesmo de eu entender. Você já resolveu o problema... já deu as desculpas, já saiu de cena. E eu que ainda estava deixando acontecer naturalmente e sem pressa, fiquei meio perdida. Fiquei meio sem aceitar isso, sem nem acreditar por algum momento.
Mas está tudo bem. Quem sabe você não fez certo? Com certeza se eu entrasse num sentimento de paixão, eu não teria condições de sair fora no momento. Então talvez você saindo antes de mim, até tenha me ajudado. Realmente eu não estava apaixonada. Mas o que é estar apaixonada? É largar tudo que se tem e o que se é por outra pessoa, como várias vezes eu já fiz? Se for isso que dizem por aí, eu não quero estar nunca mais! Mas nem por isso acho que não posso gostar de alguém, querer estar perto e compartilhar minhas coisas com essa pessoa e pensar nela... sentir um friozinho na barriga quando lembra... Mas isso tudo também passa.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Lua Nova de Primavera em 15 minutos

Saudades das manhãs tranquilas, aquelas em que a gente percebe os pássaros cantando, o sol nascendo, o frescor da brisa e o cheirinho suave e lento do café fazendo... coisas de dias em que percebo minha respiração, faço minha oração, tenho a mente leve, otimista e cheia de inspirações. Dias em que quase sempre produzo, sabonetes inventados, ervas misturadas, textos livres, desenhos coloridos...
Esses dias assim tem sido distantes de mim, tem sido difíceis resgatá-los. Adoro as manhãs, elas são os meus momentos de libertação, de equilíbrio e satisfação comigo mesma. Mas ultimamente elas tem sido usadas para outras finalidades - gastar minha energia com obrigações, pontualidades, ideias exatas, frias, matemáticas... 
Hoje me refugio, minhas produções exatas não são mais as  mesmas, não estão recebendo mais as mesmas dedicações, me canso facilmente com esses tipos de pensamentos... não quero mais. Sinto que esse refúgio tem me dado um pouco mais das manhãs leves, pois hoje estou aqui, escrevendo no intervalo de tempo de 15 minutos de paz, silêncio e solidão. Escrevendo coisas de assuntos eternos, infinitos, cíclicos em um prazo exato de tempo, linear e preciso. Chamo essa realidade que me refugio de "realidade anti-vida".

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

11 coisas das quais você nunca deve abrir mão

Abandonar, desistir, abdicar ou abrir mão de algo, à primeira vista, parecem se tratar de decisões negativas e tristes. Em alguns casos realmente são, mas, se pensarmos bem, lembraremos de situações do passado em que escolher deixar uma pessoa, uma ideia, uma atitude ou uma convicção para trás foi o que melhor poderia ter nos acontecido.
Por outro lado, algumas coisas na vida são importantes demais para que sejam abandonadas ou esquecidas. Por mais que o poder de decisão esteja nas suas mãos, você não deve nunca abrir mão daquilo que é fundamental para a sua felicidade.
11 coisas das quais você nunca deve abrir mão

1) Seus sonhos

Seus sonhos são a maior fonte de força motora com a qual você pode contar para te fazer sair do lugar, melhorar a sua vida e ser feliz. Ter sonhos não é só viver pensando em como será o futuro, e sim saber qual é a direção que você quer e deve tomar no presente. São eles que te movem, te dão motivação e inspiram a sua vida. Se você tem um sonho, cuide bem dele. Não deixe que ninguém o diminua ou faça você acreditar que não vale a pena ou que não vai conseguir.
Isso não quer dizer que seus sonhos de hoje serão os mesmos até o último dia de sua vida. Eles podem mudar ou serem substituídos se você sentir que não são mais o que seu coração pede. Há uma grande diferença entre abandonar os sonhos que você não quer mais e desistir daqueles que ainda deseja realizar. Nunca, por nada, abra mão dos que estão no segundo grupo.

2) Sua autonomia sobre a própria vida

A verdade é uma só: a vida é sua e quem manda nela é você! Portanto, você tem TODO o direito de escolher, de errar, de decidir mudar tudo, de levar algum tempo para tomar uma decisão, de gostar do que quiser e de vestir-se como se sente bem. Você tem o direito de ser tímido, extrovertido, nerd, baladeiro, quieto, agitado, ambicioso, sossegado, vaidoso ou relaxado. É você quem decide os livros que vai ler, os filmes que vai assistir e os lugares que vai frequentar. Você pode e deve ser feliz à sua maneira e do jeito que quiser! Nem todo mundo vai se dar ao trabalho de tentar entender seu caminho, seus motivos, seu jeito e suas emoções, portanto, não espere aprovação e compreensão para escolher como vai viver a própria vida. Algumas pessoas, inclusive, vão implicar com você só por terem mania de serem estraga-prazeres. Não ligue. A vida é sua, é você quem vai viver o que houver de positivo e de negativo nela. A autonomia para guiá-la está em suas mãos, não se deixe enganar imaginando que pode ser melhor entregá-la para alguém.

3) Sua identidade

Se eu tivesse que escolher apenas um dos itens desta lista como o mais importante, com certeza seria este. Primeiro porque, provavelmente, ele é o mais difícil de manter intacto. E segundo porque ser quem você é é a base para a felicidade. Como é possível ser feliz sem conseguir manter sua identidade? Você nunca estaria de acordo com você mesmo e viveria um eterno confronto interno entre quem é e quem finge ser. Quanto mais distante você está de quem é, mais confuso se sente. Ao invés de viver em paz, você se torna uma bagunça. E aí não consegue entender seus pensamentos, desejos, emoções e relacionamentos. Se frustra e não sabe por quê.
Mas ser quem você é não significa ser sempre o mesmo. Você vai mudar muitas vezes na vida, vai se transformar, vai descobrir coisas novas sobre si mesmo, vai melhorar. Mudar também é ter identidade. Apenas fique atento se está sendo leal a si mesmo.
11 coisas das quais você nunca deve abrir mão

4) Seu valor

Você tem um valor imenso. Se não consegue enxergar isso, é hora de começar a correr atrás de autoestima e confiança. Principalmente porque, vez ou outra na vida de todo mundo acontece: alguém surge e tenta fazer você acreditar que seu valor é menor do que na verdade é. Nos primeiros contatos, a pessoa faz você se enxergar um pouco menor. Depois, um pouquinho menor do que antes. No outro dia, menor ainda. E o tamanho do seu valor vai diminuindo, diminuindo…até você não conseguir enxergá-lo mais. É uma decisão sua o que fazer em relação a isto, mas mais importante do que manter ou não pessoas assim perto de você, é saber reconhecer o seu valor acima do que as pessoas, as revistas, a televisão e as opiniões à sua volta dizem que há de errado ou que te falta. Em tudo o que faz, nas pessoas que escolhe para ter por perto, nas decisões que toma, em como enxerga a si mesmo e em como reage nas situações, carregue sempre com você este lema: valorize-se e não abra mão de ser valorizado.

5) Sua humildade

Pode ser que você já tenha crescido e conquistado muito. Talvez já tenha vivido muitas experiências, saiba de muitas coisas, tenha realizado um grande número de sonhos. Mas a verdade é que SEMPRE haverá uma nova forma de ver aquilo que você já conhece. O mesmo assunto, o mesmo conhecimento e a mesma experiência podem sempre ser vistos por outro ângulo, de forma que se mostrem ainda maiores. Todo mundo tem algo a ensinar e todo mundo possui um enorme espaço para coisas desconhecidas dentro de si. Porque nem vivendo mil vidas é possível saber tudo.
Algumas pessoas vêem humildade como sinal de fraqueza, quando, na verdade, ela é o maior indicativo de sabedoria que alguém pode mostrar. Ser humilde é estar sempre disposto a aprender e ter consciência de que não se sabe de tudo. O contrário de humildade é uma mente fechada. Humildade é sinal de inteligência.

6) Sua coragem

Ter atitude é extremamente importante, porque é a virtude que te faz sair do lugar para ir em direção ao melhor. A atitude te leva a muitos bons lugares, mas ela só vai te fazer chegar verdadeiramente longe se for combinada com a coragem. Infelizmente, com a necessidade de segurança que costuma crescer dentro de nós com o passar do tempo, vamos deixando a coragem de lado para optar por aquilo que nos faz sentir confortáveis. É a tão falada zona de conforto. O problema é que, muitos não percebem, mas aquilo que lhes fazem sentir seguros, é também o que os distancia de seus sonhos e de uma vida que poderia ser incrível. Existe um momento que um dia chega para todo mundo: aquele instante em que você precisa escolher entre a coragem ou o recuo, entre dar um grande passo à frente ou permanecer onde está. Se tiver mantido sua coragem em uso, não será tão difícil escolhê-la. Se já tiver aberto mão dela há algum tempo, poderá se abalar com a pressão e acabar optando pela escolha errada. Para não perder a coragem de vista, pratique-a sempre que puder.
11 coisas das quais você nunca deve abrir mão

7) Aquilo que você acredita

Seus valores, seu jeito de ver a vida, suas crenças, seus princípios, suas preferências. Tudo isso é SEU! Tudo isso te pertence e ninguém pode tirar de você se você não quiser. As coisas em que você acredita formam a pessoa que você é e guiam tudo o que você faz. Se não for fiel a elas, é impossível ser feliz, porque você não estará vivendo a sua felicidade, e sim a felicidade de acordo com o que alguém (que não é você) acredita. Neste caso, vale a pena ser um pouco “possessivo” e não abrir mão do que é seu. O que não significa que você nunca deve mudar suas convicções ou dar o braço a torcer para outras visões e ideias, mas tome bastante cuidado para não permitir que te façam mudar para algo que não condiz com o que você, no fundo, acredita.

8) Os riscos que você quer e precisa correr

Você sabe do que eu estou falando. Os riscos que você quer correr são todas aquelas loucurinhas (e loucuronas) que vivem em forma de vontade dentro da sua cabeça e anotadas na sua lista-de-coisas-para-fazer-antes-de-morrer. Nunca abra mão delas por medo ou influência alheia. Mantenha-as vivas dentro de você. Estes riscos que você quer correr muito provavelmente também são os riscos que você precisa viver para ser feliz, se sentir realizado, realizar seus sonhos e chegar onde deseja estar.

9) Cuidar da sua saúde

Acontece com muita gente: o trabalho, as obrigações e outros motivos fazem com que se abra mão de uma alimentação saudável, da rotina de exercícios ou da quantidade de sono necessária para manter a mente e o corpo saudáveis. Por experiência própria, eu digo: a gente só descobre o valor da nossa saúde quando a perde, e aí é assustador pensar em como pudemos não dar importância a ela por outros motivos menos importantes. O que parece pior: perder o trabalho ou perder a saúde? Será que vale a pena descuidar daquilo que te mantém vivo e ativo por coisas que podem ser substituídas ou adaptadas? Saúde não se troca, e perdê-la é um problema muito maior do que perder algo que tem substituição. Não abra mão de cuidar da sua.

10) Buscar

A menos que você esteja bem e feliz acreditando no lema “quem espera sempre alcança” ou optando pelo estilo de vida “deixa a vida me levar”, viver feliz é uma combinação de busca e aproveitamento. Buscar e, ao mesmo tempo, saber aproveitar o momento atual. Ser feliz com o que tem e é enquanto continua na busca por coisas melhores, por ser alguém melhor. Correr atrás de sonhos e objetivos é bom, traz felicidade. É claro que você não deve resumir sua vida a apenas uma eterna procura, mas não pare de buscar. A vida tem mais a oferecer do que qualquer pessoa pode imaginar, por isso sempre haverá o que encontrar se você estiver disposto a procurar. Não viva apenas esperando. Busque!
11 coisas das quais você nunca deve abrir mão

11) Aprender

Há tantas coisas incríveis para aprender sobre você mesmo, sobre o mundo e sobre as outras pessoas! Há histórias, habilidades, conhecimentos e muitas outras coisas interessantes que podem te proporcionar experiências, crescimento, relações e descobertas. Aprender é viver. E não existe tempo, idade, dinheiro ou qualquer outro motivo que te impeça de aprender, a menos que você escolha ficar parado onde está e não queira saber mais e conhecer as coisas maravilhosas que existem para serem exploradas e aproveitadas. Procure aprender sempre. Descubra o que te dá prazer em conhecer, em descobrir. Quando a gente consegue unir prazer e utilidade, mergulhar em algo que requer esforço e dedicação proporciona muitos momentos bons. Procure aprender algo sempre. Explore o mundo, as pessoas e a vida ao máximo. Depois que começar, você não vai mais querer parar.
Fonte indicada: http://www.contioutra.com/11-coisas-das-quais-voce-nunca-deve-abrir-mao/

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Sobre Amores e Conchinhas!


por Nathalí Macedo

“Felicidade pra mim é pouco. Eu preciso de euforia.” Essa máxima tem mais adeptos do que se pode imaginar. Em um mundo de baladas alucinantes e sexo fácil, não é de se estranhar que as verdadeiras parcerias sejam cada vez mais raras. Isso porque o conforto da conchinha em dias frios e do filminho a dois no domingo não tem sido suficiente para satisfazer enérgicos caçadores de êxtase. A verdade é que algumas pessoas precisam estar em estado permanente de paixão. Só dançar não basta – é preciso ultrapassar todos os limites do seu corpo; só amar não basta – tem que ter orgasmos múltiplos todo dia; se identificar com a profissão não basta – É preciso gostar tanto do trabalho a ponto de ficar ansioso pela segunda-feira. E os relacionamentos têm obedecido – lamentavelmente – esse vírus moderno da insaciabilidade aguda. Arrisco dizer que é por isso que as verdadeiras parcerias caíram de moda. Não se troca mais a liberdade da solteirice pelo tédio que um relacionamento estável supõe. Mas quem se recusa a essa troca certamente desconhece a sensação surreal de uma conchinha. De gargalhadas épicas assistindo a um programa de humor sem graça no sábado à noite. Do tesão inigualável de um sexo com amor (sexo com amor, não necessariamente sexo amorzinho). As parcerias ainda estariam “em alta” se as pessoas parassem de esperar delas essa tal euforia. Espera-se sexo avassalador diariamente quando, às vezes, se pode querer simplesmente pegar no sono depois do jantar. Espera-se conversa e tagarelices sem fim enquanto se pode, vez ou outra, querer simplesmente permanecer em silêncio – e, calma, isso não é um problema. Achar que todo relacionamento se sustenta na base do sexo três vezes ao dia e ter certeza de que há algo de errado se o outro recusa é uma utopia. O amor é poder ser você mesmo. Poder assumir que quer só dormir de conchinha – sem tabus, sem a obrigação da paudurecência permanente. Sentir-se bem com o outro de chinelo e camisa de propaganda, sem maquiagem e descabelada. Eu diria que amar é, acima de tudo, sentir-se à vontade. Sem pressa, sem euforia, sem regras estabelecidas. Porque amor é liberdade. É preciso aceitar o outro em todas as suas versões, inclusive nos dias ruins. A rotina é o preço que se paga pra se ter um grande amor sempre ao lado – um preço irrisório quando ela se torna absolutamente deliciosa. E isso só é possível ao lado de quem se ama. Apaixonar-se é bom. Mas o amor tem privilégios que só podem ser desfrutáveis na calmaria."

domingo, 27 de julho de 2014



A introspecção do inverno e da lua minguante, sozinha no céu, vê-o sozinho na terra, dentro da caverna ou debaixo de uma distante sombra, a espera da cura de pensamentos, sentimentos, esclarecimentos íntimos, através do repouso, da observação e do isolamento...

quinta-feira, 10 de julho de 2014


“Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas a gente se sente sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.”

— Ana Jácomo

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Quem sou?

fonte: http://silvanahgiudice.blogspot.com.br/2012/07/sou-luz-entre-sombras.html

"(...) Posso garantir que isso não é algo que leve algumas semanas ou alguns meses. Enfrentar o desafio da primeira pergunta é se transformar em um valente conhecedor de si mesmo. E para isso, é preciso dedicação. É preciso se observar muito e não fazer nenhum prejulgamento. É preciso se olhar com frequência, mas não o tempo todo.
Olhar-se quando sozinho e na interação com os outros; no despertar de cada dia e na hora de dormir todas as noites; nos momentos mais difíceis e nos mais simples. Olhar o melhor e o pior de si mesmo. Olhar-se quando estiver se olhando e ver como se é aos olhos dos outros, que também olham para você. Olhar-se na maneira como se relaciona com os outros e consigo mesmo.
E, depois de me olhar muito, misteriosamente, para não ficar apenas na observação, para saber quem sou de verdade, preciso poder ouvir - sempre.
"Não é uma contradição? Ouvir tanto não me torna mais dependente?" Não, não é nenhuma contradição. É uma aprendizagem que faz parte do caminho.
Ouvir... Nunca dependendo da palavra dos outros, mas entendo o que me dizem. Nunca obedecendo ao conselho dos outros, mas levando-o em consideração. Nunca dependendo da opinião externa, mas registrando-a com clareza.
E, depois de ouvir, voltar se olhar.


(...) Somente me conhecendo posso pensar em você.
Como poderia pensar em você sem conhecê-lo?
Como poderia conhecê-lo antes de me conhecer?
Como poderia me conhecer sem me dedicar a mim?
Acho que é impossível que eu me dedique a você sem antes fazer isso por mim."


("Quando me conheci", Jorge Bucay)

sexta-feira, 25 de abril de 2014

O poder do foco

por Isha

Nós realmente não temos ideia do quão poderosos somos. Temos a tendência de nos ver pequenos em um mundo enorme, fazendo todo o possível para influenciar as marés que estão entre nós e nossa realização. Mas há uma verdade que pode mudar essa percepção, deletar em nós o sentimento de vítimas para atingir a verdadeira liberdade: naquilo que você focar cresce.

Nosso foco cria a nossa realidade. Se nos concentrarmos no que está errado em nossas vidas e nossos mundos, o que vemos? O que há de errado! Mas se nos concentrarmos nas coisas que amamos, as coisas que nos inspiram e nos enchem de alegria, começamos a ver a beleza que antes estávamos tão cegos para ver. Você pode transformar sua experiência de vida em um instante, apenas optando em focar para dentro. Basta colocar a sua atenção profundamente para dentro de si, em vez de ficar preso nos dramas e preocupações do mundo que o rodeia, você pode quebrar os padrões que você teve ao longo da vida, de descontentamento e preocupação.

Então, se é tão simples, por que não o fazemos? Eu sei porquê: porque não queremos. Não queremos ser felizes, preferimos lutar por aquilo que achamos que deve ser corrigido. Não nos rendemos, queremos ganhar. Não queremos aceitar a nossa realidade, queremos perseguir nossas ideias sobre como as coisas deveriam ser, em vez de aceitá-los como elas são. Por quê? Porque estamos convencidos de que sabemos melhor do que ninguém como deveriam ser as nossas vidas. A verdade é que a nossa ideia do mundo perfeito foi moldada pelas opiniões de muitos, pelos medos e inseguranças causadas por muitas experiências de vida, por isso não é realmente a nossa ideia em absoluto.

As crianças não fazem isso. Elas abraçam o que elas têm, sem dúvida. Quando eu morava no litoral colombiano, os meninos locais costumavam jogar futebol com os pés descalços, com cocos. Eles não estavam lá fora, desanimados, pensando: "Se tivesse sapatos esportivos Nike, eu poderia jogar muito melhor". "Se tivéssemos uma bola de verdade, em vez do coco!" Eles não pensam assim, divertem-se demais apreciando o que têm do jeito que é.

Eu não nego a importância de trabalhar por um mundo melhor. Admiro qualquer atividade que ajude a unir a humanidade e melhorar a qualidade de vida no planeta. Mas se nos concentrarmos no que está errado, mesmo com a intenção de corrigir isso, estamos perpetuando descontentamento e insatisfação. Vamos nos concentrar no que temos conseguido, no mundo incrível e maravilhoso em que vivemos e as pessoas apaixonadas e inspiradas que estão dando o seu melhor para a humanidade a cada dia. Vamos nos concentrar no que podemos dar, nas maneiras pelas quais nós possamos trazer mais alegria e satisfação para a vida. Vamos nos concentrar em estar totalmente presentes, em nos conhecer, aceitar-nos e nos abraçar a nós mesmos. Então, naturalmente, estaremos compartilhando esse amor com aqueles que nos rodeiam.

No que você está focando agora? Nas frustrações do passado ou nas preocupações do futuro? Por que você não tenta, só por hoje, concentrar-se em aproveitar cada momento? Em dar o seu melhor em cada situação que se lhe apresenta?

Experimente. Descubra o poder do foco e, assim fazendo, assuma a responsabilidade de sua própria felicidade.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Quem é autêntico pode ser bastante amado, naturalmente pode ser odiado na mesma proporção... Não devemos nos preocupar em colocarmos máscaras para agradar as vontades alheias, o importante é sermos verdadeiros aos nossos sentimentos. Rir quando se tem vontade e chorar também. Não acumule sentimentos.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Há metafísica bastante em não pensar em nada.


O que penso eu do mundo? 
Sei lá o que penso do mundo! 
Se eu adoecesse pensaria nisso. 

Que ideia tenho eu das cousas? 
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos? 
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma 
E sobre a criação do Mundo? 

Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos 
E não pensar. É correr as cortinas 
Da minha janela (mas ela não tem cortinas). 

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério! 
O único mistério é haver quem pense no mistério. 
Quem está ao sol e fecha os olhos, 
Começa a não saber o que é o sol 
E a pensar muitas cousas cheias de calor. 
Mas abre os olhos e vê o sol, 
E já não pode pensar em nada, 
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos 
De todos os filósofos e de todos os poetas. 
A luz do sol não sabe o que faz 
E por isso não erra e é comum e boa. 

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores? 
A de serem verdes e copadas e de terem ramos 
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar, 
A nós, que não sabemos dar por elas. 
Mas que melhor metafísica que a delas, 
Que é a de não saber para que vivem 
Nem saber que o não sabem? 

"Constituição íntima das cousas"... 
"Sentido íntimo do Universo"... 
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada. 
É incrível que se possa pensar em cousas dessas. 
É como pensar em razões e fins 
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados 
das árvores 
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão. 

Pensar no sentido íntimo das cousas 
É acrescentado, como pensar na saúde 
Ou levar um copo à água das fontes. 

O único sentido íntimo das cousas 
É elas não terem sentido íntimo nenhum. 
Não acredito em Deus porque nunca o vi. 
Se ele quisesse que eu acreditasse nele, 
Sem dúvida que viria falar comigo 
E entraria pela minha porta dentro 
Dizendo-me, Aqui estou! 

(Isto é talvez ridículo aos ouvidos 
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas, 
Não compreende quem fala delas 
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.) 

Mas se Deus é as flores e as árvores 
E os montes e sol e o luar, 
Então acredito nele, 
Então acredito nele a toda a hora, 
E a minha vida é toda uma oração e uma missa, 
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos. 

Mas se Deus é as árvores e as flores 
E os montes e o luar e o sol, 
Para que lhe chamo eu Deus? 
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar; 
Porque, se ele se fez, para eu o ver, 
Sol e luar e flores e árvores e montes, 
Se ele me aparece como sendo árvores e montes 
E luar e sol e flores, 
É que ele quer que eu o conheça 
Como árvores e montes e flores e luar e sol. 

E por isso eu obedeço-lhe, 
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?). 
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente, 
Como quem abre os olhos e vê, 
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes, 
E amo-o sem pensar nele, 
E penso-o vendo e ouvindo, 
E ando com ele a toda a hora. 

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema V" 
Heterónimo de Fernando Pessoa

Eu não vou me meter no meio desse redemoinho de loucuras e estresse... Eu já aprendi a lição: Uma coisa de cada vez, paciência para esperar chegar a hora de cada coisa.
Sim, eu preciso de um tempo para ficar tranquila, ouvir boa música, inventar receitas, pensar nas plantas e ervas, acalmar a minha mente e meu coração... Isso as vezes requer muito tempo... horas. E o dia se acaba rapidamente. Sim, as vezes não tenho escolha. É como se eu perdesse o meu dia inteiro e chegasse em casa só para dormir. Hoje pude ficar mais tempo em casa, mesmo o mundo lá fora girando rapidamente. Percebi uma borboleta que veio em minha direção, pertinho do meu rosto e depois pousou na samambaia. Será que estou perdendo meu tempo? Será que nada estou plantando? Eu não acho. Mas não posso ter certeza, só saberemos daqui alguns anos, quando tudo nascer. Eu sei, precisamos trabalhar e muito. Mas será que tem que ser assim? Não existe outras possibilidades? Nós escolhemos, nós nos comprometemos, nós dizemos sim ou não. Eu prefiro ser sincera.

segunda-feira, 31 de março de 2014


Não estou nada bem, estou preocupada, ansiosa, triste...
Fizemos de uma coisa que era linda, cheia de vida, natural, natureza, insetos, ideias, artes, criatividade, sorrisos, segurança, lealdade, parceria, adulta, sonhos, esperanças, fé em preocupações, estresses, dores de cabeça, insônia, lágrimas, impotência, agonia, incertezas, insegurança, desconfiança, falta de consideração e verdades...
Como conseguimos deixar as coisas assim? Foi a falta de diálogo? De ser transparente? De mostrar as fraquezas ou de mostrar alguma coisa que não era, até que chegou o momento em que elas não conseguem mais se manter? Será a busca ainda em manter o que não existe? Ou nem saber o que existe? Orgulho. A humildade dói, tem que ser forte. O orgulho esconde o fraco só até certo ponto. Depois deve-se decidir entre fugir ou sentir dor. Qual é o mais fácil? Abrir mão até de sonhos para se manter escondido atrás de uma muralha?
Espero que a nossa vida seja bem vivida e bem produtiva em nossas escolhas. A escolha não é aquele ou aquilo, é dentro de nós mesmos. Já está na hora de evoluirmos. Seja pelo amor ou pela dor.

quarta-feira, 26 de março de 2014


Sabe quando você quer contar algo que está pensando, matutando na cabeça, dúvidas em relação sua própria vida para alguém e esse alguém ouve errado o que você fala, nem pergunta o que você quis dizer e ainda vira as costas? Isso dá muita raiva. Não sei se sinto raiva por não ser ouvida ou por esperar desse alguém, o seu melhor caráter. Afinal, o escolhi para a vida toda.
Eu vejo as pessoas fazerem isso com as outras no trabalho, na rua, no ônibus. As pessoas ignoram umas as outras, fingem que não ouvem, são indiferentes, frias, desatenciosas. Isso é muito horrível. Eu fico pensando, como alguém consegue chegar a esse ponto? Será que não tem sentimentos? O que aconteceu em suas vidas que a deixaram assim? Será uma forma de defesa ou falta de ser humano mesmo? Não sei. Só sei que não é nada fácil conviver com outra pessoa. Todos nós somos diferentes uns dos outros, mesmo havendo gostos parecidos. E somos mais diferentes ainda quando vivemos juntos, na mesma casa. Qual o sentido de um casamento? A evolução? Acredito que sim. Não estamos acostumados com isso, a sermos humildes, a pedir desculpas, nos preocupar com alguém, sermos sinceros, chorar. Tudo isso lá fora é errado e feio. É só para os fracos. Quanto mais frios conseguirmos ser, mais êxitos profissionais e mais dinheiro teremos. Podemos observar, os políticos corruptos que roubam dinheiro que deveriam ir para a saúde de uma população. Pessoas adoentadas, em filas de espera, chorando, sofrendo e suas vidas sendo roubadas por uma pessoa sem sentimento nenhum, totalmente egocêntrica e egoísta. É assim que vemos os nossos representantes políticos. São por esses tipos de gente que nosso país é governado, há muito tempo. Porque teríamos que ser diferentes?

segunda-feira, 17 de março de 2014

Decida te amar e ponto!

fonte: http://www.tumblr.com/search/vintage

Decide! Se decida! Escolha! Não dá pra ficar em cima do muro, fingindo que não vê! Esperando alguém (ele) se posicionar... esperando as coisas apodrecerem... esperando as larvas nascerem! Esperando alguma coisa acontecer! Faça! Vá! Decida você! É melhor viver, dar o seu melhor, viver em paz, com cheirinho bom, com organização e sem peso na consciência! Se algo acontecer, dane-se! "Eu fiz minha parte! Eu dei o meu melhor!" Não, não foi nada perdido! Faça por você e não por ele! Se ame, dane-se! Finja de vez em quando que você vive só, que você só tem você mesma! Se organize, cresça, brilhe, sorrie, arrisque, fique linda! Fim!

quinta-feira, 13 de março de 2014

Paulo Goulart, grandioso no porte e no talento, vai deixar saudades


Morreu Paulo Goulart, uma das figuras mais queridas de nossa televisão. Com Nicette Bruno, formou um casal que atravessou décadas de vida em comum, estampada nos palcos e nas telas da TV e do cinema. Deixou três filhos, também atores talentosos: Bárbara, Beth e Paulo Filho. O tipo bonachão e o sorriso largo cativaram gerações de telespectadores que se acostumaram com sua presença constante e marcante em nossa Teledramaturgia, não importava o tamanho que tivesse seu personagem.

Falando em tamanho, Paulo era um atorzão, no porte e no talento. O timbre grave da voz o ajudava na construção de vilões maquiavélicos, como o Seu Donato, um pescador ganancioso em “Mulheres de Areia” (1993). Ou na severidade de Altino Flores, em “Fera Radical” (1988), o patriarca austero e amargurado por viver preso a uma cadeira de rodas. Ao mesmo tempo, Goulart pendia para a comédia e nos arrancava o riso ao criar um tipo como o segurança Gino, de “Plumas e Paetês” (1980-1981), um carcamano romântico e desajeitado. Seu Mariano, de “América” (2005), foi outra marcante criação, um homem simplório e honesto, de princípios rígidos e coração frágil.
Donato, Altino, Gino e Mariano são apenas quatro exemplos de tipos diferentes vividos por Paulo Goulart e que atestam toda a sua grandiosidade e versatilidade como ator. Mas a lista é enorme! Eu contei quase 50 personagens só na televisão. Além destes, foram mais de 25 filmes e outras tantas peças de teatro em mais de 60 anos de serviços prestados à arte de representar.

Acho que a lembrança mais longínqua que tenho do ator é da novela “Papai Coração”, da TV Tupi, em 1976, em que ele contracenava com sua família. Lá estavam também Nicette, Bárbara, Beth e Paulinho – este, então um garoto. Desta mesma época, lembro também de Paulo em um comercial de sabão em pó, em que ele convocava as freguesas a experimentar o produto e conferir o resultado na janela. Tudo isso para dizer que eu cresci com a figura carismática de Paulo Goulart em minha TV. Assim como eu, outras gerações de telespectadores.

Grande Paulo! Vai fazer uma baita falta – culpa de seu enorme talento e simpatia.

Fonte: http://nilsonxavier.blogosfera.uol.com.br/2014/03/13/paulo-goulart-grandioso-no-porte-e-no-talento/

terça-feira, 11 de março de 2014



"Mas... quando o carnaval acaba, vem a calmaria de dias normais, de um país que começa a andar, das cobranças diárias que nos submetemos, dos objetivos a serem atingidos, da convivência com pessoas que temos dúvidas, das incertezas do amanhã e do sentimento de estar só."


fonte: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=13602
de Maria Isabel Carapinha 

Era a primeira festa de carnaval. Eu usava uma máscara, aquela com purpurinas vermelhas, azuis e penas. Dançava muito aqueles sambas e marchinhas. Naquela noite, nem de bebida eu precisava. O pileque do dia anterior já compensava. Eu estava ótima, pois me sentia segura com todas aquelas pessoas que eu amava perto de mim. Depois de muitas horas de festa, no meio de tanta gente pulando e confetes caindo, cores se misturando, você surgiu, do nada. Não sei se apareceu por lá sozinho para eu te cumprimentar ou somente para ver o que aconteceria. Pois dançando você não estava, só sorrindo, olhando a todos. Me cumprimentou, eu estranhei e te perguntei se havia chegado agora e você me disse que não, que estava por ali fazia um tempo, me olhando... Fiquei nervosa, meio sem jeito. Disse qualquer bobeira só para puxar assunto (nossa, foi horrível). Quando ele chegou perto da gente, fiquei mais nervosa ainda, não entendi direito, mas desconfio. Ainda não estou acostumada com essas coisas. Apresentei ele para você, mas não apresentei você para ele, fugi... me distraí propositalmente, olhei pra trás e sai de cena. Eu entrei no meio da multidão, mas sempre dava algumas voltas dançando para ver se você ainda estava por ali. Logo percebi que não existia mais nada além... Não temos assuntos... você não é mais tão interessante como um dia eu sentia, paixão. Só isso. Hoje, estou feliz!

sexta-feira, 7 de março de 2014

A troco de quê?

E como ficam?
Os eus, as vidas passadas, as sabedorias acumuladas, as notas musicais nunca tocadas, as pessoas que nunca conheceremos, as missões não cumpridas, o tempo nunca usado, as plantas não regadas, as mortes, os cães não adotados, os pássaros nunca vistos, os insetos, as borboletas, os escorpiões, as sementes que voam, as sementes que morrem, a pele, os cabelos que caem, as espinhas, as águas da chuva, as frutas que apodrecem, os sorrisos, as ideias...?
A troco de quê perdemos tudo isso? De números infinitos...! De uma cultura falida e em crise! De um modo de vida anti-vida! De pensamentos maldosos, medos, solidão, ilusão, desconfianças, mentiras, violência, tristeza!

Pela minha janela

 Ah... viver!
Depois de 4 dias praticamente o tempo todo, deitada em uma cama, entendo que o que precisava era mesmo parar, observar, sentir momentos insignificantes. Nesses dias, pela minha janela do quarto, que não tem uma vista muito maravilhosa, pude observar a lua cheia linda que nascia na minha frente, em quanto eu repousava. Era minha companheira no final do dia. Quando a tarde caia, eu já ficava ali a esperá-la, quando ela demorava eu ficava ansiosa por vê-la. Foram momentos em que percebi formigas de vários tamanhos que andavam pelas paredes, casulo de borboleta no pézinho de goiaba em frente a janela, araras que passavam gritando antes mesmo que eu conseguisse vê-las, carros, muitos carros que passavam em frente de casa a me incomodar, por me atrapalhar a ouvir o céu.
Isso tudo nos faz mais sensíveis à nós, a vida. É claro que quando nossa vida volta ao normal, isso desaparece certamente. O que temos que fazer para que continuemos sensíveis e ao mesmo tempo consigamos trabalhar, estudar, limpar casa, etc.? Acho tão difícil...
Pude meditar, pude ficar sozinha sem pirar, pude me sentir acompanhada, pude sentir o redor, o tempo, as cores. Em 4 dias pude ver minha vida através de uma janela... a chuva, o céu nublado, as estrelas, a lua, as araras, os prédios, as formigas, o casulo, as folhas...
Vários momentos lindos estão em nossas janelas, em nossas portas, em nossos quintais, em nossos telhados, porque é que só olhamos para as mesmas coisas todos os dias, como se tivéssemos arreios...?

"Em toda a natureza não existe tensão, não existe esforço. Apenas no homem assim é. Mas isto somente enquanto ele não encontra esse elixir do qual desfruta toda a natureza, somente enquanto ele não desperta para sua real natureza divina."

27/jun/2013

Na sala de aula

Uma vez, estávamos na sala de aula lendo, interpretando e desenhando poesias de Manoel de Barros... daí uma aluna veio me mostrar o seu desenho, que junto dele haviam balões de diálogos. Percebi que um desses balões estava com uma frase meio apagada, aí eu perguntei a ela: "Ué, mas pq vc apagou a frase que estava nesse balão?" E ela me respondeu: "Não professora, eu deixei meio apagado porque o menino está falando baixiiiinhooo..."

Quem é você afinal?

Ô Seu Ser Humano, onde estão as pessoas de verdade? Aquelas nada perfeitas, aquelas que vivem seus processos de evolução real lentamente...? Com certeza estão em suas cavernas atemporais. Vivenciando cada movimento de seus pincéis, cada palavra nova inventada, cada ritual de suas respirações.

Jerê


Ele se foi, devagarinho indo... indo... triste sonhando...
Triste chorando...
Choramos
Rezamos
Ele farejando se foi...
Se foi pra luz!
Se foi pra alguém...
Ele é eterno!
Eternamente o guardaremos
O seu latido, o seu olhar... Aquele de desentendido, aquele disfarçado... sem-vergonha!
Aquele que pedia ajuda...
Virou tesouro enterrado.
Nosso professor amigo.
Nosso amigo leal
Jeremias (01-10-2012 ~12-03-2013).
"E enquanto não houvermos experimentado
morrer, e morrendo, crescer,
seremos apenas hóspedes angustiados
nesta terra escura."

(Goethe)

Eu e eu

Ela sentiu-se novamente como as suas borrachas que ela nunca sabe direito onde estão, mas que tem de estar sempre disponíveis para seus erros e seus rabiscos idiotas e egocêntricos...

Ela sentiu seu peito doer de repente não sem motivos... Ela tinha todos os motivos no mundo. Mas nem todo o mundo a entenderia. Ela lembrou de uma ou talvez duas pessoas que poderiam entendê-la naquela situação.
Entrou em uma casa qualquer com algumas pessoas sentadas, mas ela não conseguia prestar atenção na oradora que ela procurara na tentativa de aliviar seu espírito e se sentir mais leve. Seus pensamentos desesperados do que fazer à dominava. Aquele aperto no peito, meio sem nome, meio misturado com angústia, insegurança, inveja e baixa auto-estima lhe fazia perder seus sentidos. Ela precisava sair daquele abismo sufocante.

Em meio aquele conflito todo, de cabeça baixa e olhos trêmulos, ela sentiu como uma brisa, algo soprando, trazendo-lhe uma outra opção: a sinceridade consigo e com o mundo.
Sentiu um alívio, algo meio que racional interferiu aqueles sentimentos no anonimato.
Seu coração bateu mais devagar, seus olhos voltaram a ver, seus sentidos manifestaram-se novamente. Seus pensamentos continuaram mas com uma nova forma. Uma forma conscientemente não absoluta da verdade, mas certamente consoladora.
Como nas explosões de combinações de cores de Anita, quero me expressar!
Tem tanto pra sair, mas tão poucas cores dentro de mim...
Será que ainda estou aqui?
Tenho medo. Não quero saber.
Descobrirei quando o tédio tomar conta.
Não quero ter certeza que eu fui junto com você e eu fiquei aqui, perdida...
Ilusão, idealização, infantilidade, não realização pessoal, frustração...
O que importa? Me encho de objetivos ilusórios...
Não me reconheço. Não me aceito mais.
Me aceite?
A gente melhora, a gente cresce, a gente aprende, a gente colhe tudo depois...



23/mar/2012

Primeira morada em Aquidauana

Chove... chove, insistentemente chove...
Molha nosso telhado novo velho, nossa varanda nova velha...
Molha vida nova. Escorre lembranças, pessoas, planos...
Diz que chuva é sorte. Casamento com chuva. Casa nova com mariposa.
Recarregue minha fé São Pedro... recarregue-me!

27/jan/2012

Suporte-me

Entre ser simpática e agradar a todos eu prefiro ser eu mesma!
A palavra 'simpatia' já foi perdida nas bocas e nos costumes...
Prefiro ser triste quando estiver triste. Prefiro ser chata quando estiver irritada. Prefiro ser sorridente quando ver um cachorro... Prefiro viver o tempo de cada coisa, naturalmente, sem forçar nada nem ninguém.
Não sou perfeita e nem quero ser. Ah, e odeio gente perfeita!
A perfeição deve ser mesmo muito chata e monótona... Deus me livre dela!


19/jan/2012

É tempo de Renascer!


poesia concreta

Mortadeladamente
Mortadela da mente
Morta de la mente
Morte dela a mente
Morte dela
Morta ela
Morte da mente
Mortemente
Morte
Mortadela
Mortadelada
Mortadeladamente

Me arruda!

Somente um pé de arruda...
que me chamara...
que te chamei de arruda...
que habita agora onde eu habito...
no meu canto...
no meu pé, de arruda...
xô mau olhado...!
nem vi os olhados nem as olhadas...
não vi ninguém...
só depois do pé de arruda...
foi que sorri...
da "erva sagrada dos domingos" de Shakespeare.
então que seja...
meu amuleto sagrado.
Me arruda!

10/nov/2011

De dentro do rio

De dentro do rio
Pude ouvir as gotas dançarem
Quando abri os olhos
Vi um fundo azul pintado com libélulas
E entre elas, havia um arco.

O vento que passava
Por cima do rio e de mim
Deixava o seu toque frio em meus pelos
Que secavam e molhavam de novo.

Eu molhada e ventada.

Meu corpo molhado e ventado relaxava
Meus sentidos afloravam
Dentro do canto das águas
Flutuando...

07/nov/2011

Essa noite

Essa noite combinamos, ele e eu, 
de nos encontrarmos de madrugada, 
bem naquela hora em que os vaga-lumes dançam pelas árvores, 
como em sonhos...

18/out/2011

O rio, o céu e a terra

No rio, deixo que leve... leve angústias, segredos, lágrimas, pensamentos...
Que seja leve...
Leve sempre, pra longe de mim. Leve pra debaixo da terra, que leve para o céu, que se transforme em dentes de leão que voam leves e levem meus sentidos, minha razão, minha solidão...
Que o rio me traga o frescor de uma nova semente que brota.
Que a terra me traga sua energia para os meus pés, para que eu caminhe ao teu encontro. Ao encontro da pureza de um amor. Ao encontro da pureza nos olhos que ainda existe nas pessoas.
Que me guarde, que me fale, que me alcance.
Que o céu me ilumine, que reflita suas gotas de vida.
Me purifique. Te purifique.

29/set/2011

Só Ser!

Aquidauana,MS

Não se basear nos meus sentidos para não caminhar inconstante... como folhas secas...
Basear-se na consciência de que sinto e do que sinto.
Desperta-me! desperta-me do meu corpo e de minha mente!
Quero só SER.
Como uma montanha, como uma árvore, como um pássaro.
Só ser...

19/set/2011

Sinais e signos

Aquidauana, MS/ set 2011

Ainda riscando sinais e signos na caverna para a posteridade...
Deixando razões e consciências nos casos prejudiciais.
Estar no eu racional, digo, viver, "vendo" o máximo do externo possível...
Vivendo, sofrendo, resistindo, sentindo, lutando...
Revelando, acreditando, duvidando, acreditando...

17/set/2011

O amor em tempos de Facebook

Tão acostumados a escrever, nós deixamos de dizer. E quanto menos se diz sobre o amor, menos se sabe sobre ele, menos se vive e muito menos se sente ou faz com que o outro sinta.

Onde estão os ‘eu te amo’ sussurrados ao pé do ouvido? As declarações mal feitas, acompanhadas de olhares apaixonados com medo de falhar? Onde estão os arrepios e o perfume? Estão todos engavetados e esquecidos e a culpa é toda nossa, simplesmente porque nós não cobramos o amor na carne. Não exigimos o amor ao vivo, no último volume. Temos medo de encarar o real tamanho do sentimento, e então usamos escudos disfarçados de telas frias e filtros do Instagram.


Queira do amor tudo o que ele pode oferecer. A voz, a pele, o gosto, o olhar e a dor. Viva e morra por amores profundos e reais. Sofrer por publicações é humilhante. Morrer de amor apenas por frases é decadente. Faça-me versos sim, me cante com poesias de Leminski e Drummond de Andrade. Eu não quero que as palavras morram. Mas, ao final delas, não me mande ‘beijos’ virtuais, desligue isso aí e venha até aqui me beijar.


Fonte: Benfazeja Revista Literária

Por: Camila Heloíze
http://omundodegaya.wordpress.com/2014/02/19/o-amor-em-tempos-de-facebook/