sábado, 25 de setembro de 2010

Cai bem Liverpool no copo. E no rádio uma aguardente...







Ultimamente tenho tido overdoses de "Suéteres". Tenho ouvido muito, muito, o dia inteiro, todo os dias...
Talvez seja algum refúgio de algo que ainda eu não sei... algum processo inconsciente ou alguma construção em mim... ou desconstrução...
Ontem fiquei mal... ontem não tomei muitas cervejas, mas fiquei mal...
Pode ser meu estado de espírito, as coisas que aconteceram, as coisas que pensei....
Na verdade queria ter caído no chão e dormido até o outro dia, queria ter acabado logo com aquilo que me fazia mal...


Letras:

"Eu já vi pior"


Deixa quem olha a pedra atirar
Deixa quem chega roubar lugar
Beija a canela de que chutar
Traz a cadeira pra alguém sentar
Mas não passa pro lado de lá
Vem bom tempo o vento me contou
Foge a hora ruim e a gente engole e...
Disfarça que eu já vi pior
Melhor banco de praça que aceitar você nesse lençol
A história perde a graça quando olho no olho e sinto dó
Se escondo a indiferença, até bem vindo é perguntar pra onde vai
Se for de se vender melhor é o chão
E ouvir você dizer que é sem perdão
Se não me aceita é melhor pra lá
Põe sua idéia londe de mim
Basta uma deixa pra eu me afastar
Toda maneira foi sempre assim.


"Quem Dera"

Conto piada pra te ver sorrir
Acendo a vela e esqueço o pudor
Te beijo a testa antes de sair
Na cabeceira deixo uma flor
Quem dera em par, braço dar pra seguir
Segredo sim, ai de mim, ai de nós dois se não
Fizer de conta que me achou
Escreve o nome onde eu possa achar
Tem luz no final do corredor
E amanhã estória pra contar
E se eu for pra onde você for
Me espera pra tirar tudo fora do lugar
E se entre tantos esse eu escolhi
Me agrada, seja lá como for
Ao pé do ouvido só pra conferir
E o que passou já tão sem valor
Quem dera em par, braço dar pra seguir
Segredo sim, ai de mim, ai de nós dois se não
Fizer de conta que me achou
Escreve o nome onde eu possa achar
Tem luz no final do corredor
E amanhã estória pra contar
E se eu for pra onde você for
Me espera pra tirar tudo fora do lugar.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010



Sabe aqueles dias em que você acorda super bem, disposta e tranquila?
Então, hoje para mim não é um desses dias...
Acho que de uns tempos pra cá estou sem muita paciência para esperar coisas acontecerem e se resolverem.
Ultimamente  estou querendo só coisas prontas. Coisas simples. Já tenho que resolver meus problemas de qualquer forma, de estágios e faculdade. E faz um tempo que tento deixar meus problemas almáticos resolvidos. Meu coração pronto. Com o assunto resolvido. Sem pendências, sem sentimentos nenhum para trás. Só esperando o meu coração apontar e eu me entregar. E aconteceu que ele apontou, mas eu não me entreguei, fiquei com medo do teu medo. Eu me entregaria após um pouco de tempo, mas agora esse pouco eu já não sei mais o tamanho...

sábado, 11 de setembro de 2010

A Love Poem


todas as mulheres
todos os beijos as
diferentes formas que amam e
falam e carecem.
suas orelhas todas elas têm
orelhas e
gargantas e vestidos
e sapatos e
automóveis e ex-maridos.
na maioria das vezes
as mulheres são muito
quentes elas me lembram
torrada com a manteiga
derretida nela.
está estampado no
olhar: elas foram
tomadas elas foram
enganadas. eu nunca sei o que
fazer por elas.
sou um bom cozinheiro um bom
ouvinte mas nunca aprendi a
dançar — eu estava ocupado
com coisas maiores.
mas eu apreciei suas variadas
camas fumando cigarros
olhando para o
teto. não fui nocivo nem
desleal. apenas
um aprendiz.
eu sei que todas têm
pés e descalças elas andam pelo piso enquanto
eu olho suas modestas bundas no
escuro. sei que gostam de mim, algumas até
me amam mas eu amo muito
poucas.
algumas me dão laranjas e vitaminas;
outras falam mansamente da
infância e pais e
paisagens; algumas são quase
loucas mas nenhuma delas deixa de fazer
sentido; algumas amam
bem, outras nem
tanto; as melhores no sexo nem sempre são as
melhores em outras
coisas; cada uma tem seus limites como eu tenho
limites e nós aprendemos
cada qual rapidamente.
todas as mulheres todas as
mulheres todos os
quartos
os tapetes as
fotos as
cortinas, é
algo como uma igreja
raramente se ouve
uma risada.
essas orelhas esses
braços esses
cotovelos esses olhos
olhando, o afeto
e a carência eu tenho
agüentado eu tenho
agüentado.




Charles Bukowski
[do livro “War All the Time – Poems 1981-1984”
— tradução de Andrew Clímaco]

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Quando não me interessa, o meu ponto fraco não é atingido.
E quando isso acontece, eu não me mostro fraca e quem não me interessa corre o risco de se interessar.
Quando me interessa, o meu ponto fraco é atingido, e eu me mostro fraca para você. Assim, quem me interessa corre o risco de não se interessar.
Você entende?

foto: pesquisa google