quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Lua Nova de Primavera em 15 minutos

Saudades das manhãs tranquilas, aquelas em que a gente percebe os pássaros cantando, o sol nascendo, o frescor da brisa e o cheirinho suave e lento do café fazendo... coisas de dias em que percebo minha respiração, faço minha oração, tenho a mente leve, otimista e cheia de inspirações. Dias em que quase sempre produzo, sabonetes inventados, ervas misturadas, textos livres, desenhos coloridos...
Esses dias assim tem sido distantes de mim, tem sido difíceis resgatá-los. Adoro as manhãs, elas são os meus momentos de libertação, de equilíbrio e satisfação comigo mesma. Mas ultimamente elas tem sido usadas para outras finalidades - gastar minha energia com obrigações, pontualidades, ideias exatas, frias, matemáticas... 
Hoje me refugio, minhas produções exatas não são mais as  mesmas, não estão recebendo mais as mesmas dedicações, me canso facilmente com esses tipos de pensamentos... não quero mais. Sinto que esse refúgio tem me dado um pouco mais das manhãs leves, pois hoje estou aqui, escrevendo no intervalo de tempo de 15 minutos de paz, silêncio e solidão. Escrevendo coisas de assuntos eternos, infinitos, cíclicos em um prazo exato de tempo, linear e preciso. Chamo essa realidade que me refugio de "realidade anti-vida".