terça-feira, 26 de abril de 2011

Quando você sabe que deu o seu melhor e sabe muito bem o quanto isso foi foda; tentou, fez, e pensou "Poxa, gostei, mas sei que posso ser melhor! Vamos continuar!" E nessa hora, chega alguém e te faz pensar que tudo o que você tentou foi uma bosta, que você "viajou" e não saiu do lugar... e você se sente um lixo... É nessa hora que você sabe se está bem consigo mesmo ou não. É aí que você sabe por quanto tempo vai ficar se sentindo um lixo e desistir, ou se vai pensar e entender o quanto isso foi importante pra você, independente dos outros, e continuar...
Pessoas que não podem entender e perceber mudanças e crescimento em outras pessoas, porque estão sempre achando que estão lá no alto, não me interessam...!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Por Stephani Guerra



Eu vou lá e é sempre a mesma poesia, a mesma poesia, a mesma poesia.

Que coisa.


Dou voltas em torno da sua órbita e sou repelida da sua gravidade, percorro quantas distâncias através da lonjura possível.
Me embrenho no breu da sua ausência, pelo universo infinito, viajo anos-luz para fora de você.
Sei dos trópicos imaginários dos planetas que nos avizinham, a rota indefinida dos cometas viajores.
Sei do valor de cada nebulosa que nasce.
E nem de longe você está em qualquer lugar desses que estou.
Você é só um planetinha com um pouco de terra e água na imensidão.

As estrelas me abrigam em suas luminosidades distantes.
Por telepatia comunicam suas posições, pulsações, e batendo cada qual ao tamanho da sua força, lembram-me que o brilho demora mesmo a chegar.
A gente não pode é parar de pulsar, pulsar, pulsar. Entende?

Não é desejo, não é vontade, é só verdade. 
Que que eu vou fazer?
Uma verdade que se conforma em ser, às vezes pretende, às vezes esquece, mas não decide por si mesma.
A planta afinal decide ou não nascer, ou ser?
Sei lá sabe, ela só cresce ou seca, só isso. Não é?
Você rega ou não, sabe.
Isso é coisa da Terra.

E em qualquer metáfora, perto, distante, sem vontade, eu volto a voltar meus olhos.
Existem planetas inteiros de diferenças entre a gente.
Vai saber por onde você vem, ou em que frequência.
Vai saber por onde eu ando que te ouço tanto.
Nave-mãe? Satélite? Ou mera interferência especulativa?

É engraçado, quando eu voltei da viagem, atravessamos a atmosfera, eita que o mar parecia o céu lá de cima! Fiquei confusa, mas respirei... 
Daí eu devo ter lembrado né, não pensei nisso na hora. 
Eu só respirei normalmente e é como perguntar para a planta se ela escolhe nascer ou ser. Faz sentido?

Enfim, são tantas inspirações, a moça, a rosa, o violão, a mágica no ar, os sentidos às avessas. Eita os homens!
Eu vi quando a música explodiu em bolas vermelhas, parecia um desenho animado. 
As bolas vermelhas saindo da sonoridade, ora cor-de-rosa, ora azulzinho também, e tinha sabor. 
Era doce. Deu para ver perfeitamente.
O som primeiro, depois o pensamento, a saliva, o sangue, o batimento do coração, tudo doce.
E eu fui voltando, lentamente, voltando, voltando...
Reconhecendo as plantas, a verdade silenciosa delas.
Lá no espaço não tem dessas coisas.

O amor é um doce estranho num mundo diferente.

A beleza do amor!

Gosto do amor por ele ser assim, às vezes um caos dentro da gente, às vezes um brilho suave e laranja! Mas o que seria da gente se não fosse isso? E se tudo fosse perfeito, quão chato seria! E se a saudade não existisse? Como iríamos saber quem são as pessoas que fazem nosso coração "bater mais devagar e mais rápido ao mesmo tempo"? 
A gente precisa disso. A gente precisa do caos para que possamos caminhar, para que possamos ter a esperança e nos levantar da cama a cada dia. Nós precisamos sentir tanto o bom quanto o ruim. Porque se tudo fosse igual, como saberíamos  o que iríamos querer? Como saberíamos o que escolher? 
Como o Poetinha sempre nos diz, o amor é como o samba, é uma beleza que vem da tristeza!
Acho que eu to começando a gostar desse negocio de sentir saudade e dor.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Pensamentos sobre jogar no amor.

Às vezes tenho a impressão de que as relações amorosas entre duas pessoas não dependem da ação de umas delas, para que algo maior aconteça. Algo maior que eu digo, é por exemplo, o cara se apaixonar. Ou ela se apaixonar pelo cara... Parece que sempre dá na mesma... Independente se você demonstra ou não. Se você quer o ou não. Porque no primeiro encontra, sabemos se queremos ver aquela pessoa novamente, ou não. Independente se ela combina ou não com você.
Ensinam por aqui a "arte de jogar" né? Fingir que não está nem aí, mesmo por dentro você quase explodindo... Acho isso muito idiota. Eu não sei fazer isso. Sou sincera. Se quero, quero. Se não quero você vai ter certeza disso. Eu nunca fingiria que não sinto, que não ligo, que não gosto... Não sou louca de perder oportunidades na minha vida por um jogo emocional para que "supostamente" o cara fique de "quatro". Sempre tenho a impressão de que eu não preciso fazer isso para um cara se apaixonar por mim. Poxa...! Onde fica a importância dos olhares nessas horas? O valor de uma conversa agradável? Para mim essa de jogar nunca deu certo, porque eu não vou aprender a fazer isso...! 
Acho que se as pessoas estão a fim uma da outra, e se já rolar algo a mais no primeiro encontro, isso independe do futuro deles juntos ou não. Cada pessoa é de um jeito. Se o cara acha que você é muito fácil, só porque rolou uns amassos ou algo a mais no primeiro encontro, então ele não te merece. Porque certamente ele é um idiota machista. Agora, se já é o seu terceiro encontro com o cara e ainda vocês só conversaram e se beijaram muuuito, isso não quer dizer que ele irá te valorizar mais do que o machista. Ele também pode ser um babaca e no final dá tudo na mesma! Então... o que diferencia as atitudes, são os sujeitos (ele e ela). O caráter de cada um. E não tem jogo nenhum que valha mais do que a sinceridade no olhar e ser verdadeiro nas palavras, no sorriso. É isso que eu dou valor. É disso que os homens deveriam dar valor; a liberdade de sentir, sem se preocupar com os padrões impostos pelas pessoas fúteis e que com certeza devem ser super infelizes por não fazerem o que queríam fazer. E as mulheres também. Não deixarem de fazer o que querem por medo de perder o cara.
Quem joga no amor, sempre sái perdendo...!


Foto: Ana Armez

Amar é se doar, dar demais é ficar sem nada...

...Como eu posso entrar cego num jogo que pra ganhar eu preciso me perder de mim? Amar é se doar, dar demais é ficar sem nada, por isso eu entrego você de bandeja. Desistir das pessoas é comigo mesmo. Sou só uma pessoa generosa que não tem necessidade de ocupar mais espaço no mundo, além do pouco que me cabe...

Por: Gabito Nunes http://www.carascomoeu.com.br

terça-feira, 12 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Num café qualquer em qualquer dia...

                                                    foto: Zélia Vaz


Quando ele a viu, deu um sorriso imenso. Ela se segurou, mas seu coração quase saiu pela boca. Ele a cumprimentou com um beijo no rosto e um abraço demorado. Ela também o abraçou, bem forte e seus pensamentos embaralharam todos de uma vez só.
Ela não conseguia dizer e nem pensar em nada. Ficou em estado de choque. Tremia. Ele percebeu, mas tentou puxar um assunto qualquer, do tipo: "Como vai você? O que anda fazendo? Vamos tomar um café?" Ela, ainda em estado de choque não conseguia pensar.
Eles não se viam há mais de 7 anos e ela não tinha nada para falar. Ela disse rapidamente: "Nada demais..." 
Um silêncio e um sorriso predominou nesse instante, como se os dois estivem pensando ou relembrando dos momentos juntos. Algo ainda acontecia de  muito forte. 
Ela pensava que tivesse estragado tudo ao longo dos anos, mas sempre pensava nele, mas só pensava. Ela tinha certeza que não o amava mais, pois quando se lembrava dele, não sentia mais o frio na barriga como antes costumava a sentir.
Ele também sempre pensava nela, mas logo se distraia assistindo sua televisão à cabo.

Os dois estavam nervosos como se acabassem de se conhecer. E talvez eles tivessem acabado de se conhecer mesmo. Não da forma como eles já estavam acostumados a lembrar, mas da forma como deveria ter sido.

Quando chegaram no Café, sentaram um olhando para o outro e dando aquele sorriso meio de lado, meio tímido ainda.
Depois de sentar, ela relaxou mais. Ficou mais segura. E ele não parava de olhar para ela e de sorrir. Ela desviava o seu olhar, porque não conseguia encará-lo. Ela olhava para os lados, para baixo, e às vezes passava rapidamente a olhá-lo, para que ele não pensasse que ela estava o evitando. Ela sabia que talvez ele não pudesse entender sua reação. Ou até pudesse... Mas continuou assim.

 
Ele como sempre falou da suas coisas, do seu trabalho, das suas músicas, das suas viagens, das pessoas e dos lugares que conheceu. E ela só ouvia, tomando o seu café, ficava mais calma, conseguia olhá-lo com mais serenidade. No fundo ela estava explodindo de felicidade e medo. E ele estava ansioso e otimista, como sempre foi. Além disso, ele tinha um dom de puxar papo e ser engraçado. E ela, através de todas as informações que ele passava, tentava buscar perguntas, só para parecer também comunicativa. E como ela já sabia, mostrar interesse pelas coisas dele, sempre dava certo para que tudo acabasse bem.
Assim tiveram uma pequena longa conversa.
Ele queria muito beijá-la. Mas não beijou, se segurou para manter a pose.
Ela não queria se machucar novamente, não sentia mais aquele frio na barriga, mas sabia que ainda sentia algo por ele. Ele parecia não ter mais tanto medo. E ela já não se jogava mais de cabeça como antes fez.
 
Ele precisava voltar ao trabalho. Trocaram telefones e se despediram com um abraço de coração mais tranquilo. O caminho da casa dela não era o caminho para o trabalho dele, ela sentiu um alívio por isso.
Ele foi para um lado, com uma felicidade, como se tivesse ganhado o dia.
E ela, foi para o outro lado da quadra, pensando que aquele momento tinha sido dado por Deus, como mais uma chance para os dois se decidirem. E ela achou tudo muito bom. Adorou ter encontrado ele. Adorou em partes. Porque ela não parava de pensar em tudo que já havia acontecido com eles, coisa que ela não queria desenterrar... sentimentos mau resolvidos...

Chegou em sua casa, deitou na cama, puxou um travesseiro e pensou por vários minutos sobre esse encontro. Tentou entender o que aconteceu afinal. Depois, se sentou, se olhou no espelho, tomou seu banho, longo banho pensativo e decidiu pintar aquele quadro que ela havia começado no dia anterior.
Logo se distraiu e sua mente se acalmou. Aquela pessoa já não a abalava mais. Se recuperou rápido daquela intensidade de sentimentos descontrolados.
Depois de alguns dias ela já estava bem mais forte. Já sabia o que queria novamente. 
Ela não era mais aquela menina que um dia sofrera por ela mesma, pois hoje ela está em seu lugar. Hoje ela a tinha mais do que nunca. Ela fazia o que gostava e era feliz por isso.  Seu coração já estava preenchido por outra pessoa, que era ela mesma.
Depois de 7 dias ele ligou para ela várias vezes e ela nunca o atendeu. 

Olhos Nos Olhos - Chico Buarque

Quando você me deixou, meu bem,
Me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci,
Mas depois, como era de costume, obedeci.


Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais


E que venho até remoçando,
Me pego cantando, sem mais, nem por quê.
Tantas águas rolaram,
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.


Quando talvez precisar de mim,
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você diz.
Quero ver como suporta me ver tão feliz.

São Longuinho

Você insistiu para que eu te tirasse daquela minha caixinha de coisas que eu amo e que eu levo para todos os lugares! Agora você está em um outro lugar, continua guardado, mas quase não o vejo mais.... Acho que não sei mais onde te guardei...



sábado, 9 de abril de 2011

Pessoas criativas


A pessoa criativa se livra das distrações
Isso é algo difícil de falar porque a maioria de nós pensa que deve amar a todos e estar sempre disponível. Mas a verdade é que se você for acessível a todos, o tempo todo, acabará se desgastando. Deus não criou você para nunca dizer não. Pelo contrário, ele o fez com limitações, e você precisa administrar essas limitações.
É triste, mas há pessoas que são distrações para nós. Elas sugam sua energia, pouco a pouco, elas o usam, fazem você se sentir envergonhado ou culpado quando não lhes dá o que querem.
Se for possível, ou seja, se você não está casado com uma pessoa assim, o melhor é deixar de lado esse tipo de relacionamento. Não quero ser cruel com elas e dizer que elas são idiotas, mas você sabe quem são seus verdadeiros amigos e quem apenas o distrai em seu processo criativo. Toda relação saudável consiste em dar e receber.
Acho que não sou um amigo muito bom para esse tipo de pessoa. Elas me fazem sentir culpado, mas não me ajudam de maneira recíproca. Algumas dicas para identificar uma pessoa que pode ser apenas uma distração na sua vida:
1. Você geralmente se sente um pouco culpado ao ficar perto delas. Analisando friamente verá que não aprendeu nada e ainda se machucou nessa relação.
2. Elas em geral procuram ter relações de curta duração.
3. Elas machucam as pessoas e fazem coisas ruins, mas sempre culpam os outros.
4. Elas não fazem você se sentir bem em relação a si mesmo ou a seu trabalho.
As pessoas que só lhe causam distrações podem mudar, mas a única maneira de isso acontecer é quando percebem que seus argumentos não funcionam mais. Se você deixá-las ficar perto de você, não as estará ajudando a mudar.
Como uma pessoa criativa lida com as críticas
Muitas pessoas criativas deixam de criar porque temem as críticas. Talvez alguma vez tenham criado algo, pensando que seriam incentivadas, mas depois de ler ou ouvir alguma crítica se decepcionaram. Pensando que estavam sendo tratadas injustamente, ficaram com medo de voltar a criar e ser criticadas novamente.
Todas as pessoas criativas são criticadas em um momento ou em outro. Há muitas pessoas que não conseguem criar nada, mas usam suas críticas ao que os outros fazem para receber a atenção que desejam. Não estou falando de críticas construtivas, como um professor que critica o trabalho de um aluno. Estou falando sobre a crítica moderna, que circula livremente na internet e nos faz lembrar as birras de crianças mimadas.
Isso pode incomodá-lo num primeiro momento, mas você deve passar por isso para amadurecer e saber que esse é o preço pago pela criatividade e a inovação.
A pessoa criativa resiste ao desejo de criar algo quando está com raiva
Quando você é criticado, pode querer criar algo apenas para provar seu valor ou para responder aos seus críticos. Lembre-se de que você produz coisas para as pessoas que gostam do seu trabalho, não para aqueles que não gostam. Sim, há bons motivos para ficar zangado, mas não deixe que essa raiva influencie a sua criação.
Toda pessoa criativa se torna um professor, um modelo, que colabora para apontar uma direção a todos que interagem com o seu trabalho. Há muitos pais que não assumem suas responsabilidades de pai, justamente porque têm medo dessa responsabilidade. O mesmo acontece com algumas pessoas criativas. Elas criam, mas não querem assumir a responsabilidade por aquilo que fizeram.
Dito isto e crendo que a maioria das críticas são injustas, procure focar sua criatividade em coisas positivas. Sempre que faz algo de bom, filtra toda a raiva direcionada a você. O público sabe quando você cria algo bom. Isso fica na consciência deles, que não precisam de sua raiva mas, sim, do que você tem de melhor.
Tradução: Jarbas Aragão

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Hoje Milagre!


Hoje o Sol nasceu mais uma vez...! 
Ainda tenho ar em minhas narinas...! 
Eu posso sorrir, posso chorar...! 
E ainda dizem por aí que milagres não existem...!





Ela está lá todo dia




Ela está lá todo dia. É daquelas que se maquia bem, suas roupas são impecáveis e seu perfume é inesquecível – apesar de já terem dito que nunca a viram tão bonita quanto naquele sábado que ela passou o dia de pijama e com o cabelo preso. É inteligente, escreve como ninguém, trabalha, estuda, sai com as amigas e ainda arranja tempo para ir na manicure toda semana.
Ela adora gastronomia contemporânea e medieval mas não dispensa uma miojo em noites preguiçosas ou um McDonalds depois da balada. Diz as frases certas e sorri quando gostaria de gritar. Adora crianças e cachorros, quer casar, ter filhos e já pensou em como seria usar seu sobrenome. Mas não se preocupe, ela sabe melhor do que ninguém o tempo de cada coisa.
Ela é daquele tipinho, sabe? Que gosta de dançar, gosta de curtir, gosta de viver. Ela manda na sua própria vida mas deixa você escolher o cardápio do dia. Quando você diz que não gostou da roupa dela, ela lamenta e usa assim mesmo. Sua opinião, suas escolhas, seu jeito – não tente mudar. Sabe fazer lasanha, ponto-cruz e dengo. Alguns dias prefere champagne e música alta, outros prefere pizza e cobertor. Ela é uma surpresa, ela adora surpresas.
É o tipo que diz preferir dar presentes do que receber, mas seu coração sempre se derrete com aquele laço vermelho na sacola da sua loja predileta. Adora jóias mas dá um imenso valor pra aquela flor que você fez com o guardanapo do restaurante ou aquela rosa que você comprou do tiozinho enquanto ela ia ao banheiro. Todo mundo nota que ela é especial. Ele não nota, ele nunca notou.


Por: "Verdade Feminina"

quinta-feira, 7 de abril de 2011


Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada “dois em um”: duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.



(Martha Madeiros)

Eu "ainda" sou assim...


Eu sou assim...
Talvez você tenha me conhecido rindo demais... ou falando demais... ou quieta demais... ou nem me conheça... Mas para cada pessoa, posso ser vista de uma forma... Mas a minha forma é sempre a mesma... 
Se você ficar muito tempo ao meu lado, pode achar que eu sou muito estranha... ou um tédio... ou muito divertida... depende... depende de como você me vê e de como eu te vejo. Se tivermos sorte, vamos rir das mesmas coisas... ou achar uma chatísse certas coisas em comum... Ou querer dançar sempre lá na frente, como eu gosto... Ou preferir ficar sentada quando se quer conversar assuntos produtivos... ou não... Mas na verdade, isso tudo não tem nada a ver... Porque posso achar a sua piada mais engraçada um porre... Podemos nunca falarmos das mesmas coisas... Você pode achar a astrologia uma tremenda idiotice... Ou achar as minhas fotografias uma merda total... Mas mesmo assim, ainda podemos ser bons amigos de percursso... ou de percurssão de mesa...
O que importa no final é o que sentimos enquanto estamos no mesmo lugar... qual a sua energia. O que ela me trás e o que eu te trago de bom... ou de ruim... o tipo de energia não importa. O que importa é o que eu posso fazer com ela. Onde ela me levará. E pode ser para qualquer lugar... 
É mais ou menos isso...

Meditação - Os desafinados


Quem acreditou
no amor, no sorriso e na flor
então sonhou, sonhou
e perdeu a paz,
o amor, o sorriso e a flor
se transformam depressa demais.
Quem, no coração, abrigou a tristeza de ver
tudo isso se perder
E na solidão, procurou o caminho seguiu
já descrente de um dia feliz.
Quem chorou, chorou
e tanto que seu pranto já secou.
Quem depois voltou
ao amor, ao sorriso e à flor
então tudo encontrou,
Pois a própria dor
revelou o caminho do amor e a tristeza acabou.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Eu nunca guardei rebanhos

“Eu nunca guardei rebanhos,
 Mas é como se os guardasse.
 Minha alma é como um pastor,
 Conhece o vento e o sol
 E anda pela mão das Estações
 A seguir e a olhar.
 Toda a paz da Natureza sem gente
 Vem sentar-se a meu lado.
 Mas eu fico triste como um pôr de sol
 Para a nossa imaginação,
 Quando esfria no fundo da planície
 E se sente a noite entrada
 Como uma borboleta pela janela.


 Mas a minha tristeza é sossego
 Porque é natural e justa
 E é o que deve estar na alma
 Quando já pensa que existe
 E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
 Como um ruído de chocalhos
 Para além da curva da estrada,
 Os meus pensamentos são contentes.


 Só tenho pena de saber que eles são contentes,
 Porque, se o não soubesse,
 Em vez de serem contentes e tristes,
 Seriam alegres e contentes.
 Pensar incomoda como andar à chuva
 Quando o vento cresce e parece que chove mais.
 Não tenho ambições nem desejos
 Ser poeta não é uma ambição minha
 É a minha maneira de estar sozinho.


 E se desejo às vezes
 Por imaginar, ser cordeirinho
 (Ou ser o rebanho todo
 Para andar espalhado por toda a encosta
 A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),
 É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,
 Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
 E corre um silêncio pela erva fora.


 Quando me sento a escrever versos
 Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
 Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
 Sinto um cajado nas mãos
 E vejo um recorte de mim
 No cimo dum outeiro,
 Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas idéias,
 Ou olhando para as minhas idéias e vendo o meu rebanho,
 E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
 E quer fingir que compreende.


Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol,
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predileta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer cousa natural —
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.




(Alberto Caeiro)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Pra sempre Cazuza!

"Não adianta desperdiçar sofrimento
Por quem não merece
É como escrever poemas no papel higiênico
E limpar o cu
Com os sentimentos mais nobres"



.Cazuza.

Jazz e faxina!


Vamos faxinar?
Vamos dançar?
O jazz me traz uma sensação de coisa limpa...
De coisas em seus lugares... coisas arrumadas...
Me traz impressão de dias organizados e produtivos...
Então... é hora da jogar fora todo o lixo, tudo que não presta mais
Tudo que eu já não uso faz tempo e que não faz falta...
Ou coisas que ainda fazem falta mas que não seriam boas o bastante...
Nem tudo que gostamos é bom, certo?

Salve Jorge!




Jorge Da Capadócia
Composição : Jorge Ben Jor

Jorge sentou praça na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham pés, não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos, não me peguem, não me toquem
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
E nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo, meu corpo não alcançará
Facas, lanças se quebrem, sem o meu corpo tocar
Cordas, correntes se arrebentem, sem o meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Jorge é de Capadócia, viva Jorge!
Jorge é de Capadócia, salve Jorge!
Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor
Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor
Ogam toca pra Ogum
Ogam, Ogam toca pra Ogum
Jorge é da Capadócia
Ogam toca pra Ogum
Jorge sentou praça na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Ogam toca pra Ogum...

sábado, 2 de abril de 2011

Brindemos!


É... foi hoje, dia 02 de abril que eu te liguei e me segurei para não chorar e disse o que deveria dizer, com delicadeza, claro... rs... 
Mês de abril... comecinho do mês... Pra mim já marca uma nova fase na minha vida! Um novo final! Um novo começo! Triste e feliz...! Mais feliz do que triste por incrível que pareça...! =] É... nesses dias todos eu me desvaziei de mim porque já sabia inconscientemente o que eu estava planejando pra mim...
Mês de abril... comemora a maior parte dos arianos seus aniversários... O signo de áries representa o começo de um ciclo... o impulso de vida... a ação, o novo! (risos) E agora enquanto escrevo que estou me tocando disso! Foi em boa hora! Espero dar muitos impulsos de conquistas, de transcendência dos meus sentidos, dos meus pensamentos, das minhas emoções e relações!
Brindemos então ao desapego, ao nosso mais novo começo, aos amigos e a Lua! :D
Tequilaaaa baby!!

Só um amor num verão qualquer...

foto: pesquisa google


Era com um estranho...
Aquela voz meio desconhecida... já ouvida falar...
Era quem?
Era como aquele gosto de vinho barato amanhecido na boca...
Era como sentir meu corpo cansado e dolorido...
Era como música alta no ouvido... doía...
Era como uma garrafa vazia, jogada no canto sujo de lixo...
Era como deitar-se com alguém e esse virar para o outro lado da cama... como se nada tivesse acontecido...
Como se nunca tivessem se conhecido...
Como se eu nunca tivesse nascido...

Pode-se chamar isso de amor...
Só um amor num verão qualquer...