domingo, 27 de julho de 2014



A introspecção do inverno e da lua minguante, sozinha no céu, vê-o sozinho na terra, dentro da caverna ou debaixo de uma distante sombra, a espera da cura de pensamentos, sentimentos, esclarecimentos íntimos, através do repouso, da observação e do isolamento...

quinta-feira, 10 de julho de 2014


“Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas a gente se sente sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.”

— Ana Jácomo

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Quem sou?

fonte: http://silvanahgiudice.blogspot.com.br/2012/07/sou-luz-entre-sombras.html

"(...) Posso garantir que isso não é algo que leve algumas semanas ou alguns meses. Enfrentar o desafio da primeira pergunta é se transformar em um valente conhecedor de si mesmo. E para isso, é preciso dedicação. É preciso se observar muito e não fazer nenhum prejulgamento. É preciso se olhar com frequência, mas não o tempo todo.
Olhar-se quando sozinho e na interação com os outros; no despertar de cada dia e na hora de dormir todas as noites; nos momentos mais difíceis e nos mais simples. Olhar o melhor e o pior de si mesmo. Olhar-se quando estiver se olhando e ver como se é aos olhos dos outros, que também olham para você. Olhar-se na maneira como se relaciona com os outros e consigo mesmo.
E, depois de me olhar muito, misteriosamente, para não ficar apenas na observação, para saber quem sou de verdade, preciso poder ouvir - sempre.
"Não é uma contradição? Ouvir tanto não me torna mais dependente?" Não, não é nenhuma contradição. É uma aprendizagem que faz parte do caminho.
Ouvir... Nunca dependendo da palavra dos outros, mas entendo o que me dizem. Nunca obedecendo ao conselho dos outros, mas levando-o em consideração. Nunca dependendo da opinião externa, mas registrando-a com clareza.
E, depois de ouvir, voltar se olhar.


(...) Somente me conhecendo posso pensar em você.
Como poderia pensar em você sem conhecê-lo?
Como poderia conhecê-lo antes de me conhecer?
Como poderia me conhecer sem me dedicar a mim?
Acho que é impossível que eu me dedique a você sem antes fazer isso por mim."


("Quando me conheci", Jorge Bucay)