quarta-feira, 28 de julho de 2010

Nunca é demais reler a carta do Chefe Seattle em resposta ao Presidente norte-americano que quis comprar as terras dos índios:

Carta do Chefe Seattle

 “O que ocorrer com a terra,
recairá sobre os filhos da terra.
Há uma ligação em tudo.”
 

No ano de 1854, o presidente dos Estados Unidos fez a uma tribo indígena a proposta de comprar grande parte de suas terras, oferecendo, em contrapartida, a concessão de uma outra "reserva".
O texto da resposta do Chefe Seatlle, tem sido considerado, através dos tempos, um dos mais belos e profundos pronunciamentos já feitos a respeito da defesa do meio ambiente.


Chefe Seattle


Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los?

Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho.

Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem à mesma família.

Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós.

O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós.

Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais.

Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção da terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.

Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.

Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos.

E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebe seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados.

Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir.

Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos.

O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo.

Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças o que ensinamos as nossas que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.

Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.

O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.

Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos - e o homem branco poderá vir a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e ferí-la é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.

Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnadas do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam.


Onde está o arvoredo? Desapareceu.

Onde está a águia? Desapareceu.

É o final da vida e o início da sobrevivência.



segunda-feira, 26 de julho de 2010

A paixão é uma coisa muito louca.
Hoje, limpando minha cozinha eu estava me perguntando
"Será que estou apaixonada e não sei? Poxa, faz tanto tempo que estou sozinha... será que estou apaixonada por alguém e nem sei?"
E conversa vai, conversa vem... comigo mesma... Percebi que não estou apaixonada...
Então pensei... "poxa, como é isso mesmo? a gente fica com o caração batendo rápido?"
Sim.... aí eu me lembrei da última vez que me apaixonei.... faz alguns meses já...
Aí me lembrei de como era... Realmente o coração fica batento muito rápido quando vemos a pessoa... não sabemos o que falar direito... Eu lembro que eu via ele em toda parte... rsrs... nas ruas... no ônibus... rsrs.. coisa louca demais... 
E depois fiquei pensando... o que faz a gente se apaixonar loucamente assim como eu fiquei?
Poxa, eu não vi o cara que me apaixonei mais de umas três vezes... nunca o beijei... A única coisa que aconteceu, foi que conversamos, trocamos emails e mais nada... Nem nunca saímos juntos.... Era uma época complicada para fazer isso.... E eu me apaixonei por ele? Por quê?
Paixão deve ser muito coisa de alma, não é possível.... O cara nem precisou fazer nada.... e eu fiquei daquele jeito.... com apenas um olhar, uma conversa mais ou  menos...
Acho que a paixão vem, sem avisar, não bate na porta, vai entrando, e já era... quando a gente se dá conta, já estamos sem comer direito....  Bem aquele negócio de flecha do cupido, que ele passa por alí, escolhe as pessoas e as acerta... rs...
E com certeza quando estamos apaixonados sabemos!

sábado, 24 de julho de 2010




Como eu te amo

"Vou contar as formas:
Eu te amo até a profundidade, largura e altura que minha alma pode alcançar,
Quando sentindo longe dos olhos pelo objetivo de existir e de graça divina.
Eu te amo ao nível da necessidade mais silenciosa de cada dia,
Ao sol e a luz da vela.
Eu te amo livremente como os homens lutam pelo direito.
Eu te amo puramente como eles se afastam do elogio.
Eu te amo como a paixão existente em minhas velhas mágoas
E com a fé da minha infãncia.
Eu te amo com amor que eu parecia ter perdido com meus entes perdidos.
Eu te amo com a respiração, sorrisos, lágrimas de toda minha vida.
E se Deus quiser, eu te amarei melhor após minha morte."

Poema de Elizabeth Barrett Browning

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Momentos fora do habitual.
Momentos que parecem ser os mais sinceros do mundo.
Mudam nossa vida totalmente em um segundo.
Faz a gente crer em sonhos enterrados.
Em estar em lugares nunca pisados.
Ouvindo as mais belas músicas francesas de acordeão e piano.
Sentada num café de esquina.
Vendo as flores nos cabelos.
Sentindo cheiro de presunto fresco.
Sorrindo por estar com frio.

imagem: Café Le Conti, Paris, 2003. Katya Held

Nem me deu tchau direito...
E foi saíndo pela porta.
Sileciosamente.
Com cuidado para não fazer barulho.
Por que não levou o seu cheiro junto com você?












imagem: pesquisa google
Coisas simples que aparecem.
Coisas simples que nos enriquece.
Enriquece de desejos e amores.
Amores não vividos. Amores imaginários.
Amores perfeitos.
Coisas simples que nos completa.
Que nos faz perceber gotas de chuvas na janela.
Uma criança na calçada.
Um sorriso amarelo de um garoto.
Uma música desconhecida.
Um olhar distraído.
Uma saudade de um abraço.
Um dia nublado. Ensolarado.
Florido. Ríspido.
Um dia generoso. De lágrimas.
Uma dança no escuro.
Um beijo chuvoso.
Um segundo de ingenuidade.
Mãos falando baixinho.
No ouvido.
Sonhos secretos.
Encontros e desencontros...

imagem: pesquisa google

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Místério do Planeta - Novos Baianos




Vou mostrando como sou
E vou sendo como posso,
Jogando meu corpo no mundo,
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos encontros
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus
Ou vestidos de lunetas,
Passado, presente,
Participo sendo o mistério do planeta
O tríplice mistério do "stop"
Que eu passo por e sendo ele
No que fica em cada um,
No que sigo o meu caminho
E no ar que fez e assistiu
Abra um parênteses, não esqueça
Que independente disso
Eu não passo de um malandro,
De um moleque do brasil
Que peço e dou esmolas,
Mas ando e penso sempre com mais de um,
Por isso ninguém vê minha sacola

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Os pássaros

Eu aflito e só,
Confuso e sem você por aqui.
Assim eu sonhei
Mas isso eu não quis.
Que diferença? o dia se fez
Assim.
Há um conflito um nó
Eu difuso enfim
Os pássaros vêm
Me levar aí
Visitar o céu
E pra ver você levantando o véu
Pra mim.
Mas eles só me vêem
Quando eu já não sei
Se eu estou são,
O que é um sonho ruim,
E o que é um sonho bom.
Que diferença? a vida é igual,
assim e eu não sei
Eu não sei...
Não sei...
Eu não sei..
Se isso é você.
Quem bate aí?
Se é pra eu te ver então deixa eu dormir.


"guarde um sonho bom pra mim..."

Eu te procuro nos cantos, nos papéis, nas músicas... e você não está... não está mais....
"Vou buscar alguém que eu nem sei quem sou"
Eu preciso mudar... e o mais importante na mudança não é a velocidade, mas sim, a direção e a forma de conduzir...
Queria saber escrever poesias... 
Poesias felizes, que inspiram... talvez eu ainda consiga... Mas no momento não vem nada na minha cabeça que me traga coisas alegres e coloridas....
Além de estar ouvindo músicas melancólicas... hoje eu me sinto meio "indefinida", "incerta"," limitada"... Talvez porque hoje seja segunda-feira, talvez porque quem eu quero não me quer, talvez porque eu esteja com sono, talvez porque tem uma pessoa do meu lado que não pára de falar, talvez porque eu queira logo férias, talvez porque preciso lavar roupa, talvez porque ontem meu dia foi muito incomum, talvez porque espero coisas que não existam, talvez eu viva num mundo imaginário e veja pessoas com meus olhos de contos de fadas... não sei...

imagem: pesquisa google
50 Receitas

Eu respiro tentando
Encher os pulmões de vida
Mas ainda é dificil
Deixar qualquer luz entrar...

Ainda sinto por dentro
Toda dôr dessa ferida
Mas o pior é pensar
Que isso um dia
Vai cicatrizar...

Eu queria manter
Cada corte em carne viva
A minha dôr
Em eterna exposição
E sair nos jornais
E na televisão
Só prá te enlouquecer
Até você me pedir perdão...

Eu já ouvi 50 receitas
Prá te esquecer
Que só me lembram
Que nada vai resolver
Porque tudo
Tudo me traz você
E eu já não tenho
Prá onde correr...

O que me dá raiva
Não é que você fez de errado
Nem seus muitos defeitos
Nem você ter me deixado
Nem seu jeito fútil
De falar da vida alheia
Nem o que eu não vivi
Aprisionado em sua têia...

O que me dá raiva
São as flôres
E os dias de sol
São os seus beijos
E o que eu tinha
Sonhado prá nós...

São seus olhos e mãos
E seu abraço protetor
É o que vai me faltar
O que fazer do meu amor?...

Eu já ouvi 50 receitas
Prá te esquecer
Que só me lembram
Que nada vai resolver
Porque tudo
Tudo me traz você
E eu já não tenho
Prá onde correr...(2x)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Já que vc "certo guri com duas taças na mão" se lembrou da música Crazy... coloquei aqui pra vc ouvir. Eu tbm fiquei com vontade de ouvir... ;)

Beijos.


quinta-feira, 1 de julho de 2010


 Nunca vale a pena esconder os sentimentos e fingir ser legal, ou tentar agradar os outros não sendo o que você é... 
A gente começa a agradar mais  os outros sendo nós mesmos! Sempre! "é batata!" rsrs... nem adianta inventar... o melhor caminho sempre vai ser "ser você mesma" e não estar nem aí se está sendo ridícula, ou está dançando fora do rítmo da música, ou está cantando desafinada, ou se sua gargalhada é feia que parece até uma hiena... kkkk... que se f*! ;P eu quero é ser leve e feliz! =) 

foto: pesquisa google