quinta-feira, 6 de maio de 2010

A história da uma garota confusa. Confusa com as pessoas, com o mundo e mais ainda com ela mesma. Ela era artista... que tipo de artista? Ah... qualquer tipo, artista é artista...! Era criativa, mas desorganizada. Era rebelde, mas consciente. Pintava uns quadros e saía com máscaras pelas ruas assustando as pessoas. Nunca penteava os cabelos, mas sua casa era limpa... limpa mas bagunçada. Tinha amigos, mas quase não via eles. Tinha amores, pessoas que a amavam, mas ela não queria ninguém. Ela gostava de ficar consigo mesma. Às vezes se cansava, mas nada era melhor. Ela nunca se entendia. Na verdade, se entendia a cada minuto, mas a cada minuto suas vontades mudavam. Então, o que ela falava ou escrevia em um momento, não tinha um "valor" duradouro na visão das pessoas. Mas  para ela, tinha valor eterno. E ela foi vivendo assim... nessa bagunça. Ela era bonita, mas isso não importava pra ninguém. Beleza não vale de nada. O que as pessoas pedem é ser intimamente tocadas, como numa identidade. E isso ela não tinha com quase ninguém, porque não se importava em correr atrás nem em agradar a ninguém. Como se já tivesse perdido a esperança disso. Ela sabia que era única. Mas ela sempre tem esperança de ser tocada por algo melhor, como um novo aroma de flor, ou uma novo pássaro no céu, e é isso que ainda lhe dá forças. Talvez ela viva uma ilusão, tem uma boa imaginação. Mas é isso que lhe faz respirar todos os dias.

(Acho que isso poderia ser um vídeo-arte, com narrativa e imagens meio distorcidas, com uma trilha sonora meio confusa, com músicas ao contrário ou em cima da outra...  talvez...)


imagem: pesquisa google

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